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O trecho entre Curitiba e Paranaguá é uma das mais famosas no Brasil e mesmo no mundo, pois como a São Paulo Railway em São Paulo, foi uma obra sobre a Serra do Mar que teve de vencer os óbvios obstáculos da serra, que pareciam intransponíveis nos anos 1880. Aberta pela então Estrada de Ferro Paraná, e sendo de simples aderência, ao contrário da linha da SPR, a obra por isto acabou sendo mais difícil. O primeiro trecho foi inaugurado em 19 de dezembro de 1883, na baixada, e no início de 1885 alcançava Curitiba, tendo sido esta a primeira ferrovia do Estado do Paraná. Foi prolongada apenas em 1891 a partir de Curitiba até Ponta Grossa e foram construídos os ramais de Rio Negro e de Mafra Serrinha. Em 1892, um ramal partindo de Morretes levou o trem até o porto de Antonina, no então Ramal de Antonina.
Historicamente teve início com o desembarque em torno do ano de 1879 no Porto de Paranaguá de diversos imigrantes Italianos. Instalaram-se na localidade de Porto de Cima e ali desenvolveram as atividades de construção da Linha Paranaguá-Curitiba. No ano de 1890, se mudaram para a localidade de Banhado Grande, onde existe uma estação com esse nome e ali permaneceram até 1885/1886 quando então, foram para a localidade de Restinga Seca, próxima a Cidade de Palmeira, para dar continuidade ao trecho Curitiba-Ponta Grossa.
A linha foi incorporada pela RVPSC, depois passou ao controle federal da RFFSA em 1957. Em 1997, foi incorporada na concessão da Malha Sul, vencida pela Ferrovia Sul Atlântico, que em 1999 tornou-se a América Latina Logística (ALL). Em 2015 a ALL entrou em fusão com a Rumo Logística.
A linha ainda é hoje praticamente a original, tendo deixado de partir da estação velha de Curitiba, em 1972, para partir da nova, a cerca de apenas um quilômetro da antiga. Até hoje correm trens de passageiros por ela.
Assim a RVPSC nasceu da fusão das seguintes ferrovias:
- Estrada de Ferro Paraná, trechos: Paranaguá-Curitiba (1885), Morretes-Antonina (1892), Curitiba-Ponta Grossa (1894), Ramal de Rio Negro (1895), Serrinha- Mafra (1902).
- Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande, trechos:
- Linha tronco: Ponta Grossa-Rebouças (1900), Ponta Grossa-Joaquim Murtinho (1900), Rebouças-Porto União (1904), Joaquim Murtinho-Jaguariaíva (1905), Jaguariaíva-Itararé (1908), Porto União-Marcelino Ramos (1910);
- Ramal de São Francisco: Corupá-São Francisco do Sul (1910), Corupá-Mafra (1913), Mafra-Porto União (1917);
- Ramal do Paranapanema: Jaguariaíva-Wenceslau Braz (1918), Wenceslau Braz-Jacarezinho (1930), Jacarezinho-Marques dos Reis (1937);
- Ramal Barra Bonita-Rio do Peixe: Wenceslau Braz-Ibaiti (1925), Ibaiti-Lysimaco Costa (1948).
- Estrada de Ferro Norte do Paraná, trecho: Curitiba-Rio Branco do Sul (1909).
- Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná, trechos: Ourinhos-Cambará (1924/25), Cambará-Cornélio Procópio (1930), Cornélio Procópio-Jataizinho (1932), Jataizinho-Londrina (1935), Londrina-Apucarana (1942).
A malha também foi ampliada com a interligação dos trechos Engenheiro Gutierrez-Guarapuava (1949-1958); Mafra-Lages que faz parte da ligação ferroviária Brasília-Porto Alegre e foi entregue em 1965; Uvaranas-Pinhalzinho (1974) e Apucarana-Ponta Grossa (Central do Paraná) construída entre 1949 e 1975.
Na década de 40 foram realizadas obras de reforço das pontes entre Morretes e Curitiba, executadas pelo eng. Machado da Costa, permitindo posteriormente a circulação de locomotivas diesel-elétricas.
Com a encampação da RVPSC pela RFFSA a malha pertencente a primeira começou como RFFSA 11ª divisão, com as inscrições RFFSA e sob ela Paraná-Santa Catarina, a 11ª divisão respondia pela RVPSC e pela Estrada de Ferro Donna Thereza Christina (EFDTC) que futuramente seria desmembrada em regional própria devido a seu isolamento do sistema nacional. A 11ª divisão por vários anos respondeu a 13ª divisão, originária da antiga VFRGS.
Nos anos 90 com o projeto sigo e as Superintendências Regionais a 11ª divisão da RVPSC foi renomeada como RFFSA Superintendência Regional-5 com sede em Curitiba, ou abreviadamente RFFSA SR-5, tendo como letra de identificação pelo Sigo "L".
Em 1997 a RFFSA foi leiloada e concessionada para a empresa Ferrovia Sul Atlântico, que em 1999 foi renomeada para ALL-América Latina Logística.
Atualmente as linhas remanescentes da RVPSC são controladas pela Rumo Logística.
EMBLEMA DA RVPSC
A beleza da concepção da mensagem que se pretendia, e se conseguiu, com o emblema da RVPSC transmitir, uma roda de locomotiva, base do moderno transporte ferroviário, atravessada por uma faixa de fazenda, flamejante, que representa a bandeira Nacional, que levada por esta locomotiva, vai propagando a união e o amor pelo trabalho em nosso país.
A roda da engrenagem, com vinte e dois dentes, representa os estados da Federação Brasileira, e ainda, o equilíbrio do funcionamento da Rede com relação a vida nacional, pela simetria de seus dentes.
Sobre o centro da engrenagem, um escudo redondo e convexo, servindo de base as iniciais da RVPSC, representando a defesa e garantia de seu excelente serviço.
E, completando a parte inferior, um garfo, a simbolizar o material mecânico, e, também, colocado como necessidade a harmonia estética do escudo.
A oficialização do escudo ocorreu em 9 de Outubro de 1944, através da portaria número 49-D, assinada pelo então diretor da RVPSC, Coronel Durival de Brito e Silva, na qual se convencionava um módulo "P" para serem mantidas as dimensões do escudo.
- Roda da engrenagem:
- 22 dentes, sendo 15 visíveis.
- altura e espessura dos dentes: 1P.
- tamanho das letras da RVPSC: 1P.
- Escudo:
- diâmetro: 14P
- grossura: 1P no filete e 3P no centro do escudo.
- largura e altura do filete na extremidade 1/3 de P.
- largura das letras RVPSC a parte acima do diâmetro horizontal 3P, abaixo, até o limite da circunferência de raio: 6P.
- Arco:
- diâmetro:10P.
- largura:2P.
- Comprimento:
- Limitado a direita e a esquerda por uma reta de 17,33P partindo do centro do escudo e inclinando em 45º sobre o seu diâmetro horizontal.
O emblema teve 3 fases distintas: a primeira, quando sua criação e oficialização, para o uso após o surgimento da RVPSC. A segunda quando da oficialização de suas dimensões, e a terceira quando o estabelecimento de suas cores.
- Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná (SPP)
- Estrada de Ferro Paraná (E.F.P.)
- Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande (EFSPRG) SP-RG
- Estrada de Ferro Norte do Paraná (EFNP)
- Rede Ferroviária Federal de 1957 a 1997.
- Ferrovia Sul Atlântico de 1997 a 1999.
- ALL América Latina Logística S.A a partir de 1999.
- Rumo Logística a partir de 2015.
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