No mês de Agosto, o Governo do Estado do Paraná iniciou o processo para a privatização da Ferroeste.
O governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) enviou à Assembleia Legislativa do Estado (Alep) um projeto de lei para a desestatização da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste). O estado solicitou que a tramitação ocorra em regime de urgência para aprovação da matéria que prevê a privatização da ferrovia.
Em nota, a Casa Civil justifica que o regime de tramitação tem previsão legal e é necessário diante do prazo para o início do processo relacionado à Ferroeste que pode ter duração de 18 meses com previsão de levar o trecho, entre Cascavel a Guarapuava, a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
“A empresa é deficitária, o que limita os investimentos necessário para a modernização das linhas férreas”, aponta o governo. Segundo o estado, o prejuízo acumulado da ferrovia chegou a R$ 172 milhões no final de 2023.
São 248 quilômetros da estrada de ferro dos quais o estado detém 99,6% da Ferroeste. O restante é controlado por 46 empresas nacionais, três estrangeiras e seis pessoas físicas. No trecho foram transportados em 2023 cerca de 1 milhão de toneladas, sendo 80% deste volume correspondente às exportações prioritariamente cargas de grãos e de proteína animal.
O governo afirmou que o projeto de lei é consonante com duas tendências nacionais: aumento da movimentação de granéis agrícolas por ferrovias e afirmou que foi o segmento que mais registrou expansão em 2023, assim como o crescimento dos investimentos em modais alternativos ao rodoviário. Na justificativa do projeto, o estado descreve que a “Ferroeste representa apenas 0,1% do investimento do setor em todo o país, que chegou a R$ 6,4 bilhões em 2022”.
Com o aval dos deputados, o governo pretende contratar estudo para apontar a melhor modelagem para privatização. “A ideia é que o negócio contemple um pacote de novos investimentos na ferrovia e no terminal da empresa em Cascavel, modernizando as estruturas já existentes. Esse raio-X também vai apontar o valor da empresa (valuation) e embasar apresentações a investidores, além de ajudar a construção do edital”, explica o governo.
Em nota, a Casa Civil justifica que o regime de tramitação tem previsão legal e é necessário diante do prazo para o início do processo relacionado à Ferroeste que pode ter duração de 18 meses com previsão de levar o trecho, entre Cascavel a Guarapuava, a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
“A empresa é deficitária, o que limita os investimentos necessário para a modernização das linhas férreas”, aponta o governo. Segundo o estado, o prejuízo acumulado da ferrovia chegou a R$ 172 milhões no final de 2023.
São 248 quilômetros da estrada de ferro dos quais o estado detém 99,6% da Ferroeste. O restante é controlado por 46 empresas nacionais, três estrangeiras e seis pessoas físicas. No trecho foram transportados em 2023 cerca de 1 milhão de toneladas, sendo 80% deste volume correspondente às exportações prioritariamente cargas de grãos e de proteína animal.
O governo afirmou que o projeto de lei é consonante com duas tendências nacionais: aumento da movimentação de granéis agrícolas por ferrovias e afirmou que foi o segmento que mais registrou expansão em 2023, assim como o crescimento dos investimentos em modais alternativos ao rodoviário. Na justificativa do projeto, o estado descreve que a “Ferroeste representa apenas 0,1% do investimento do setor em todo o país, que chegou a R$ 6,4 bilhões em 2022”.
Com o aval dos deputados, o governo pretende contratar estudo para apontar a melhor modelagem para privatização. “A ideia é que o negócio contemple um pacote de novos investimentos na ferrovia e no terminal da empresa em Cascavel, modernizando as estruturas já existentes. Esse raio-X também vai apontar o valor da empresa (valuation) e embasar apresentações a investidores, além de ajudar a construção do edital”, explica o governo.
A Ferroeste tem autorizações do governo federal também para exploração em ramais de:
- Guarapuava a Paranaguá;
- Cascavel a Foz do Iguaçu,
- Cascavel a Chapecó,
- Maracaju (MS) e Dourados (MS).
Plano Nacional de Logística sugere investimento de R$ 168 bilhões
Para o governo do Paraná, a operação da Ferroeste não é sustentável sem que o estado disponibilize recursos para cobrir os déficits. Nos últimos cinco anos, de 2019 a 2023, a empresa registrou lucros operacionais, mas não suficientes para liquidar prejuízos acumulados.
“São 30,6 mil quilômetros de ferrovias concedidas pelo governo federal no Brasil atualmente, sendo cerca de 20 mil quilômetros ativos. Para fazer frente ao aumento da cobertura do serviço, os investimentos sugeridos no Plano Nacional de Logística 2035 giram em torno de R$ 168 bilhões, muito aquém da capacidade da União ou qualquer ente federado”, descreveu.
Quando deu entrada na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei para privatização da Ferroeste foi criticado pela bancada de oposição, liderada pelo deputado Requião Filho (PT). Para o parlamentar, o estado perde a oportunidade de investir no trecho e de fazer a gestão adequada da ferrovia.
“O governo do estado tem a chance de pedir ao governo federal para entregar toda a sua rede ferroviária para resolver um problema logístico, mas está abrindo mão da Ferroeste. É uma falta de visão que nós temos no atual governo. A preocupação em fazer caixa para propaganda é maior do que a preocupação com o futuro do estado”, critica.
Na terça-feira (6/08), o projeto de lei foi analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e o deputado Arilson Chiorato (PT), vice-líder da oposição, pediu vista e baixa diligência para ter mais tempo de análise do projeto.
“São 30,6 mil quilômetros de ferrovias concedidas pelo governo federal no Brasil atualmente, sendo cerca de 20 mil quilômetros ativos. Para fazer frente ao aumento da cobertura do serviço, os investimentos sugeridos no Plano Nacional de Logística 2035 giram em torno de R$ 168 bilhões, muito aquém da capacidade da União ou qualquer ente federado”, descreveu.
Quando deu entrada na Assembleia Legislativa do Paraná, o projeto de lei para privatização da Ferroeste foi criticado pela bancada de oposição, liderada pelo deputado Requião Filho (PT). Para o parlamentar, o estado perde a oportunidade de investir no trecho e de fazer a gestão adequada da ferrovia.
“O governo do estado tem a chance de pedir ao governo federal para entregar toda a sua rede ferroviária para resolver um problema logístico, mas está abrindo mão da Ferroeste. É uma falta de visão que nós temos no atual governo. A preocupação em fazer caixa para propaganda é maior do que a preocupação com o futuro do estado”, critica.
Na terça-feira (6/08), o projeto de lei foi analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e o deputado Arilson Chiorato (PT), vice-líder da oposição, pediu vista e baixa diligência para ter mais tempo de análise do projeto.
Deputados aprovam projeto que autoriza privatização da Ferroeste
Texto recebeu emendas e volta a ser discutido em segundo turno nesta terça-feira (20). Oposição reclama de rapidez na votação.
A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou em primeiro turno, nesta segunda-feira (19), o projeto de lei do governo estadual que autoriza a transferência da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, a Ferroeste, para a iniciativa privada. O placar foi elástico: 41 a favor e 7 contra.
A Ferroeste é a estatal que cuida de 248 quilômetros de ferrovia entre Guarapuava, na região central do estado, e Cascavel, no oeste. Foi criada em 1988 como empresa privada, mas transformou-se em sociedade de economia mista em 1991 por conta de uma lei e passou a ser administrada pelo governo estadual.
Os trilhos da ferrovia começaram a ser construídos no mesmo ano, mas a obra só terminou em 1994. Na época, o custo foi de R$ 360 milhões de dólares, ou mais de R$ 2 bilhões em valores atuais.
Atualmente, são escoados pelos trens da estatal cerca de 1,5 milhão de toneladas de grãos, como soja, milho e trigo, além de farelos e contêineres com proteína animal.
Mudanças no texto
Por ter recebido emendas, o projeto voltou e foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A oposição pediu mais tempo para analisar o texto. A tendência é que ele seja novamente discutido em segundo turno nesta terça-feira (20).
Entre as emendas, estão a obrigatoriedade da manutenção das operações do trecho entre Cascavel e Guarapuava, a garantia de que a sede vai continuar no Paraná e de que os futuros donos criem mecanismos que elevem a capacidade do transporte de cargas da Ferroeste.
Algumas emendas foram apresentadas por entidades do setor produtivo do Paraná. A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) informou, em nota, que é preciso "um maior diálogo em relação ao projeto de desestatização da Ferroeste. É fundamental que as definições estejam alinhadas".
Oposição reclama, governo alega prejuízo
O líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD), justificou que a privatização é necessária porque a Ferroeste dá prejuízo.
"O prejuízo é de quase R$ 200 milhões. O estado quer estancar isso. Em segundo lugar, o trajeto dela começa em Cascavel, vai até Guarapuava e não tem mais futuro porque não tem mais o que fazer. É mais lógico para o governo estancar os prejuízos do que colocar mais recursos", afirmou.
Segundo o deputado Arilson Chiorato (PT), o governo não apresentou demonstrativos de que a Ferroeste tem déficit.
"Não há estudo que comprove a necessidade de venda, não há demonstrativo de que ela esteja em déficit, pelo contrário. O presidente da Ferroeste diz que a empresa não tem déficit desde 2018. Ele diz uma coisa e o projeto diz outra", explicou.
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