A AC44i é uma locomotiva diesel elétrica produzida pela GE exclusivamente para o Brasil, trata-se da primeira locomotiva (característica principal) à tração de corrente alternada comercialmente usada no país e produzida em larga escala. Ela é muito semelhante as Dash-9 GE C44-9WM e GE C44-EMi, diferenciando esteticamente os truques e a tela do freio dinâmico, pois é uma AC4400CW adaptada ao gabarito apertado dos túneis da Linha do Centro na MRS, podendo teoricamente rodar com segurança em qualquer ferrovia de bitola larga no país;
Foram produzidas mais de 500 locomotivas AC44i no Brasil e nos EUA, sendo as maiores operadoras a MRS e a Rumo.
Foram produzidas mais de 500 locomotivas AC44i no Brasil e nos EUA, sendo as maiores operadoras a MRS e a Rumo.
HISTÓRIA
As locomotivas pertencentes a MRS são numeradas de 3401 a 3495 e 7210 a 7352, totalizando 238 unidades produzidas, foram compradas entre 2008 e 2017 em 5 lotes diferentes.
Atualmente são 233 unidades em condições de operação, as locomotivas 3426, 3471 e 7240 foram baixadas após o acidente no pátio de Pitangueiras (P2-05) na Serra de Arantina/MG, em 03/04/2014, e as locomotivas 3466 e 7348 foram soterradas pela lama de rejeitos de minério após o rompimento da barragem 1 da mina córrego do feijão em Brumadinho/MG, no dia 25/01/2019.
O primeiro lote com 57 locomotivas foi fabricado em 2008 na GE Transportation em Erie, EUA, adotando o design das GE C44-EMi com gabarito para poder trafegar em toda a malha da MRS. As locomotivas do primeiro lote foram numeradas de 3401 a 3457, sendo que a 3401 é a única que veio com o raio pequeno nas laterais da cabine, padrão das locomotivas irmãs AC4400CW da CSX, em comemoração por ser a primeira locomotiva à tração de corrente alternada fabricada para o Brasil, apesar da primeira locomotiva AC44i à desembarcar no país ter sido a 3420. Esse lote também marca por ser das únicas AC44i fabricadas nos EUA.
O segundo lote com 28 locomotivas foi fabricado entre 2008 e 2009 na GE do Brasil em Contagem. Sendo o primeiro lote fabricado no país, padronizando a tração dos pesados trens de minério apenas com as novas AC44i e C44-EMi, foram numeradas de 3458 a 3485, com 3 variações no padrão de pintura. As 3458 a 3465 vieram com o mesmo padrão do primeiro lote, com as setas do lado esquerdo da locomotiva viradas para frente e as demais viriam todas com uma pintura nova e diferente, inspirada no raio da 3401 e inaugurando um facelift no padrão de pintura onde as setas do lado esquerdo da locomotiva fossem na posição original, viradas para trás, fazendo com que as setas deem a volta no corpo da locomotiva, que por motivos desconhecidos vingou apenas em menos da metade. Numeradas de 3466 a 3471, 3473 e 3474, essas locomotivas ficaram conhecidas como raiadas. Das raiadas, apenas 7 (contando com a 3401) continuam em operação, as 3466 e 3471 foram baixadas em 2019 e 2014 respectivamente após os acidentes citados acima. As outras 12, numeradas de 3472 e 3475 a 3485, vieram sem o raio, mas com o novo padrão de pintura da MRS com as setas do lado esquerdo viradas para trás. Um detalhe interessante que facilita o reconhecimento do lote é o espaço nas laterais da cabine que seria destinado ao raio,
Inicialmente esses 2 primeiros lotes foram comprados para o transporte de minério de ferro até então junto com as C30-7, C36-7, C44-EMi e raramente SD40-3 com destino a CSN e aos portos de Sepetiba, Itaguaí ou ao terminal da Vale S.A na ilha de Guaíba em Mangaratiba-RJ. Também foram destacadas no auxílio de trens de minério carregados a partir do km 575 no ramal do Paraopeba em Brumadinho/MG junto com as outras locomotivas citadas anteriormente e em Barra do Piraí/RJ até Humberto Antunes, em Mendes-RJ com 2 AC44i na maioria das ocasiões operando junto com uma outra locomotiva no meio, como U23CA, SD40-3, C26-7MP, C30-7, C36-7 e até a própria AC44i. Com o passar dos anos, as AC44i da MRS foram ganhando espaço em outros trens, como Carvão, Açúcar através da malha paulista da Rumo, Carga Geral, Calcário em pó, Bauxita e até o trem de serviço com Diesel que vem de Betim pra abastecer o P1-07.
O terceiro e maior lote da MRS com 110 locomotivas foi fabricado entre 2011 e 2012 e as locomotivas foram numeradas de 3486 a 3495 e 7210 a 7309. Esse foi o lote que mais mexeu no parque de tração da MRS: substituiu definitivamente as locomotivas mais velhas e cansadas como as C30-7 e C36-7 de praticamente todos os trens de minério de ferro e aos poucos dos auxílios dos trens de minério e carvão, dispensando boa parte pros trens de São Paulo, também nas linhas da ALL (hoje administrada pela Rumo) e CPTM, e aposentou definitivamente as SD38 e U23C da tração dos trens de carga geral, migrando pros trens de serviço.
Atualmente são 233 unidades em condições de operação, as locomotivas 3426, 3471 e 7240 foram baixadas após o acidente no pátio de Pitangueiras (P2-05) na Serra de Arantina/MG, em 03/04/2014, e as locomotivas 3466 e 7348 foram soterradas pela lama de rejeitos de minério após o rompimento da barragem 1 da mina córrego do feijão em Brumadinho/MG, no dia 25/01/2019.
O primeiro lote com 57 locomotivas foi fabricado em 2008 na GE Transportation em Erie, EUA, adotando o design das GE C44-EMi com gabarito para poder trafegar em toda a malha da MRS. As locomotivas do primeiro lote foram numeradas de 3401 a 3457, sendo que a 3401 é a única que veio com o raio pequeno nas laterais da cabine, padrão das locomotivas irmãs AC4400CW da CSX, em comemoração por ser a primeira locomotiva à tração de corrente alternada fabricada para o Brasil, apesar da primeira locomotiva AC44i à desembarcar no país ter sido a 3420. Esse lote também marca por ser das únicas AC44i fabricadas nos EUA.
O segundo lote com 28 locomotivas foi fabricado entre 2008 e 2009 na GE do Brasil em Contagem. Sendo o primeiro lote fabricado no país, padronizando a tração dos pesados trens de minério apenas com as novas AC44i e C44-EMi, foram numeradas de 3458 a 3485, com 3 variações no padrão de pintura. As 3458 a 3465 vieram com o mesmo padrão do primeiro lote, com as setas do lado esquerdo da locomotiva viradas para frente e as demais viriam todas com uma pintura nova e diferente, inspirada no raio da 3401 e inaugurando um facelift no padrão de pintura onde as setas do lado esquerdo da locomotiva fossem na posição original, viradas para trás, fazendo com que as setas deem a volta no corpo da locomotiva, que por motivos desconhecidos vingou apenas em menos da metade. Numeradas de 3466 a 3471, 3473 e 3474, essas locomotivas ficaram conhecidas como raiadas. Das raiadas, apenas 7 (contando com a 3401) continuam em operação, as 3466 e 3471 foram baixadas em 2019 e 2014 respectivamente após os acidentes citados acima. As outras 12, numeradas de 3472 e 3475 a 3485, vieram sem o raio, mas com o novo padrão de pintura da MRS com as setas do lado esquerdo viradas para trás. Um detalhe interessante que facilita o reconhecimento do lote é o espaço nas laterais da cabine que seria destinado ao raio,
Inicialmente esses 2 primeiros lotes foram comprados para o transporte de minério de ferro até então junto com as C30-7, C36-7, C44-EMi e raramente SD40-3 com destino a CSN e aos portos de Sepetiba, Itaguaí ou ao terminal da Vale S.A na ilha de Guaíba em Mangaratiba-RJ. Também foram destacadas no auxílio de trens de minério carregados a partir do km 575 no ramal do Paraopeba em Brumadinho/MG junto com as outras locomotivas citadas anteriormente e em Barra do Piraí/RJ até Humberto Antunes, em Mendes-RJ com 2 AC44i na maioria das ocasiões operando junto com uma outra locomotiva no meio, como U23CA, SD40-3, C26-7MP, C30-7, C36-7 e até a própria AC44i. Com o passar dos anos, as AC44i da MRS foram ganhando espaço em outros trens, como Carvão, Açúcar através da malha paulista da Rumo, Carga Geral, Calcário em pó, Bauxita e até o trem de serviço com Diesel que vem de Betim pra abastecer o P1-07.
O terceiro e maior lote da MRS com 110 locomotivas foi fabricado entre 2011 e 2012 e as locomotivas foram numeradas de 3486 a 3495 e 7210 a 7309. Esse foi o lote que mais mexeu no parque de tração da MRS: substituiu definitivamente as locomotivas mais velhas e cansadas como as C30-7 e C36-7 de praticamente todos os trens de minério de ferro e aos poucos dos auxílios dos trens de minério e carvão, dispensando boa parte pros trens de São Paulo, também nas linhas da ALL (hoje administrada pela Rumo) e CPTM, e aposentou definitivamente as SD38 e U23C da tração dos trens de carga geral, migrando pros trens de serviço.
ALL
No primeiro lote de AC44i da ALL, a numeração das locomotivas são a continuação das GE C44-9WM (Dash-9) compradas pela Ferronorte, iniciando pela 9051 e vai até a 9060, continuando com as AC44i Brado. No lote comprado em 2013, inicia-se a numeração em 603 até a 617 e continua a série com as EMD SD70. No lote de 2015, inicia-se em 633 até a 639, e O último lote em 2017, inicia-se em 8273 até a 8286.
RUMO LOGÍSTICA
As AC44i da primeira fase da Rumo são numeradas de 9810 a 9859 e 8287 a 8324, foram compradas em dois lotes diferentes em 2010 e 2015 respectivamente.
O primeiro lote de 50 locomotivas numeradas de 9810 a 9859 foi comprado em 2010 quando a então Rumo Logística, concessionária da Cosan no estado de São Paulo, iniciou as operações. O segundo lote com apenas 38 locomotivas numeradas de 8287 a 8324 foi comprado em 2015, com pequenas diferenças visuais na pintura, que ficou conhecida como transição, por ser a ultima pintura de transição entre a ALL e a Rumo: nas laterais do motor apenas o nome "rumo" sem nada escrito embaixo e o logotipo da Arco Rail no lugar do logotipo da ALL.
Lotes adicionais de locomotivas numeradas de 9865 a 9917 foram comprados em 2015-2016, 680 a 698 em 2017 a 2018, 754 a 771 em 2019, 772 a 787 em 2020, e 2500 a 2529 em 2021. A 787 foi construída a partir de uma locomotiva GE C44-9WM 9028, sendo denominada AC44Mi.
São as mais bem vistas e de grande popularidade pelos ferrofãs (atrás apenas das AC44i da MRS) por seu belo layout da pintura.
O primeiro lote de 50 locomotivas numeradas de 9810 a 9859 foi comprado em 2010 quando a então Rumo Logística, concessionária da Cosan no estado de São Paulo, iniciou as operações. O segundo lote com apenas 38 locomotivas numeradas de 8287 a 8324 foi comprado em 2015, com pequenas diferenças visuais na pintura, que ficou conhecida como transição, por ser a ultima pintura de transição entre a ALL e a Rumo: nas laterais do motor apenas o nome "rumo" sem nada escrito embaixo e o logotipo da Arco Rail no lugar do logotipo da ALL.
Lotes adicionais de locomotivas numeradas de 9865 a 9917 foram comprados em 2015-2016, 680 a 698 em 2017 a 2018, 754 a 771 em 2019, 772 a 787 em 2020, e 2500 a 2529 em 2021. A 787 foi construída a partir de uma locomotiva GE C44-9WM 9028, sendo denominada AC44Mi.
São as mais bem vistas e de grande popularidade pelos ferrofãs (atrás apenas das AC44i da MRS) por seu belo layout da pintura.
FIBRIA
Foram adquiridas 21 locomotivas para escoar a produção de celulose da sua nova fábrica em Três Lagoas/MS. Percorrem a rota entre o terminal intermodal no município de Aparecida do Taboado/MS e o terminal da Fibria no Porto de Santos/SP. São numeradas de 8394 a 8399 e 8414 a 8428.
BRADO LOGÍSTICA
Fundada em 2011, a Brado Logística, empresa de transporte de contêineres, adquiriu no início de 2012 um lote com as suas duas primeiras AC44i. Continuando a série Ferronorte, foram distribuídas nas seguintes numerações: 9061 e 9062. Foram destacadas principalmente no transporte de contêineres, mas pode ser vista como comandante em outros trens. Em meados de 2013, junto com um translado de duas SD70ACe 6523 e 6524 VLI, veio a AC44i 9580, continuando a série 95xx com as EMD SD40-2 Progress Rail de bitola métrica alugadas. Em setembro do mesmo ano e agosto de 2014, a Brado recebeu dois lotes respectivamente: o primeiro lote veio com 3 AC44i (9860 a 9862) e o segundo, com duas locomotivas (9863 e 9864), continuando a série Rumo. Lotes três 9918-9922 em 2018.
VLi
A Vale, segunda maior empresa de mineração do mundo, incorporou a Ferrovia Centro-Atlântica e tornou-se sua dona. Criou uma nova fase na empresa, nova cor, nova logomarca, enfim, uma mudança geral. Tempos depois, nascia a Valor da Logística Integrada, popularmente chamada de VLI, que após a venda do controle acionário para a Mitsui, mudou seu nome para VLI Multimodal S.A.
Como a FCA tem operações no Triângulo Mineiro, Norte e Sul de Minas, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e no Estado de São Paulo, a VLI logo foi incumbida de administrar as operações ferroviárias. Assim, a VLI passa a receber locomotivas GE AC44i em Paulínia, para fazer o transporte da bauxita vinda das jazidas da região de Poços de Caldas para a CBA em Alumínio, além das próprias cargas graneleiras oriundas do Oeste e Triângulo Mineiro, todos rumo ao Porto de Santos. Transportando as cargas via bitola métrica pela Linha Tronco (Estrada de Ferro Mogiana), o transbordo era feito nos pátios na região de Campinas, onde era acoplado um vagão-madrinha entre os vagões da bitola métrica (1,000mm) e à locomotiva de bitola larga (1,600mm). As primeiras locos vieram no fim de 2012 em um lote de 11 (8563 a 8573) lote de 21 em 2015 a 2016 (8574 a 8594). Posteriormente, foram adicionando as AC44i, 27 locomotivas EMD SD70ACe (como a ALL). A partir de 2016, as locomotivas de bitola larga foram progressivamente sendo transferidas para a operação da Ferrovia Norte-Sul, no Tocantins e no Maranhão.
Como a FCA tem operações no Triângulo Mineiro, Norte e Sul de Minas, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e no Estado de São Paulo, a VLI logo foi incumbida de administrar as operações ferroviárias. Assim, a VLI passa a receber locomotivas GE AC44i em Paulínia, para fazer o transporte da bauxita vinda das jazidas da região de Poços de Caldas para a CBA em Alumínio, além das próprias cargas graneleiras oriundas do Oeste e Triângulo Mineiro, todos rumo ao Porto de Santos. Transportando as cargas via bitola métrica pela Linha Tronco (Estrada de Ferro Mogiana), o transbordo era feito nos pátios na região de Campinas, onde era acoplado um vagão-madrinha entre os vagões da bitola métrica (1,000mm) e à locomotiva de bitola larga (1,600mm). As primeiras locos vieram no fim de 2012 em um lote de 11 (8563 a 8573) lote de 21 em 2015 a 2016 (8574 a 8594). Posteriormente, foram adicionando as AC44i, 27 locomotivas EMD SD70ACe (como a ALL). A partir de 2016, as locomotivas de bitola larga foram progressivamente sendo transferidas para a operação da Ferrovia Norte-Sul, no Tocantins e no Maranhão.
Locomotiva AC44i N° 634 da ALL.
DESCRIÇÃO
Propulsão: Diesel-Elétrica
Projetista: GE General Electric
Fabricante: WabTec (Antiga GE)
Modelo: AC44i
Ano de fabricação: 2008-Presente
Classificação AAR: C-C
Tipo de serviço: Carga
CARACTERÍSTICAS
Bitola: 1,600mm (Larga)
Tipo de truques: Hi-AD C-C (Corrente alternada)
Comprimento: 22.300mm
Largura: 3.124mm
Altura: 4.724mm
Peso da locomotiva: 198.000 kg
Peso por eixo: 33.000 kg
Tipo de combustível: Diesel
Fabricante do motor: GE
Tipo do motor: Combustão interna
Tração múltipla: Sim
PERFORMANCE
Velocidade máxima: 113 km/h
Potência total: 4.500 hp
Potência disponível para tração: 4.380 hp
Freios da locomotiva: Ar comprimido
OPERAÇÃO
Ferrovias originais: MRS, ALL, Rumo Logística, Brado Logística e VLI Multimodal
Número de locomotivas: 540
Local de operação: Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro
Data de entrega: A 1ª em 2008 nos EUA
Proprietário atual: MRS, Rumo Logística, Brado Logística e VLI Multimodal
Situação: Operacionais
Trem da MRS com dupla de locomotivas AC44i.
Trem da VLi com dupla de locomotivas AC44i no Corredor de Exportação.
Locomotiva AC44i N° 9062 da Brado.
Locomotiva AC44i N° 8290 da Rumo na pintura fase ll, foto tirada na fábrica.
500ª locomotiva AC44i fabricada.
Locomotiva AC44i N° 9827 da Rumo na pintura fase l.
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